quarta-feira, 21 de junho de 2017

Assim como Cecilia Meireles,

 "aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira".

terça-feira, 20 de junho de 2017

Uma Brisa não tão leve...

Quando eu tinha mais mais ou menos 12 ano de idade me apaixonei pela primeira vez na minha vida. Ele era um garotinho, um ano mais velho que eu. Morávamos na mesma rua, estudavamos na mesma escola  e nos conhecíamos desde os 8 anos de idade. Quando ele veio morar em uma vila duas casa antes da minha. Passamos pela quela fase de brincar na rua e voltar para casa somente depois que anoitecia. Para tomarmos banho, jantar e voltar novamente para a frente da minha casa. Onde era o point da mulecada. Sim, eu era a garota popular da rua, não que eu fosse a garotinha mais bonita, pelo contrário, hj vendo as fotos antigas, vejo o quanto eu era feiinha, mas Deus não dá asas a cobra. Eu não era a garota mais linda, mas a minha simpatia e  minha inteligencia compensavam o lado da beleza. O Diego me adorava. Era assim que o meu primeiro amor se chamava.Diego, Diego da Vila, Porque depois existiram outros Diegos e eu precisei batiza-los com apelidos para não confundir meus interlocutores com as minhas histórias. Mas voltando a historia do Diego da vila... Nós não nos desgrudávamos. Em todas as brincadeiras estavamos sempre juntos, inseparáveis. Os anos foram passando e entramos na adolescência. Que fase mais linda. Época  que os  primeiro amores começam a despontar nos corações infantais. Tudo é tão novo. Aquele sentimento, inesperado e desconhecido parece não caber dentro do peito. Essa sensação nova e avassaladora parece um encantamento magico que enche a vida de encanto e luz.
Nos beijamos a primeira vez na frente da turma, em uma daquelas brincadeiras infantis, não tão inocentes assim.. Mas o fato é que até antes dos meus lábios tocarem os seus. Eu não sabia o que era o amor.. Quando nos beijamos eu passei a ver a vida de uma outra forma. Parecia que eu havia nascido para aquele momento. O meu corpo foi invadido por um milhão de borboletas. Que enlouquecidas com suas asas a se debater se  alojaram, bem alí na parede do meu estômago. Depois desse dia o Diego da vila, passou a ser a razão do meu sorriso. Todos na minha casa perceberam. Nós que eramos grudados, nos grudamos ainda mais. Ele me achava tão inteligente. Adorava ficar conversando comigo. Aos 12 anos eu já era uma devoradora de livros, então sempre tinha uma história diferente pra contar e fazer as pessoas rirem. O Diego tinha uma irmã a Gabrielle, minha amigona na época, Um dia ela chegou chorando em casa e disse que os pais dela estavam se separando e que iam se mudar da vila. E aos 13 anos de idade, alí na cozinha da minha casa o meu coraçãozinho foi partido a primeira vez por uma menina, a  irmão mais velha do garotinho,  mais gatinho da rua por quem eu havia me apaixonado.
Daquele dia em diante, eu mergulhei em uma tristeza tão profunda. O meu mundo feliz e rosa de moleca haviam caído. O tempo passou e ele foi embora... Na primeira noite que me vi sozinha na frente de casa, sentada debaixo daquele poste sem ele. Eu caí em um choro tão profundo, que os soluços fizeram a minha mãe sair em desespero de dentro de casa, para ver o que estava acontecendo. Eu alí sem conseguir falar, só a abracei, e depois de sabe-se lá quanto tempo, quando os soluços deram espaço para aquele alívio que só quem já chorou vendo o seu amado partir... sabe. Pude finalmente dize-la que eu estava com dor no pé... kkkkk Sim, senhores eu disse a minha mãe que toda aquele choro era por causa de uma dor no pé. A minha mãe calmamente entrou em casa pegou um vidro de gel e fez massagem no meu pé. Claro que passando algum tempo quando tudo já havia sido superado,  tive que conviver com a encarnação de toda a família por causa dessa história.
Mas o fato é que depois de muitos anos deitada na penumbra da sala escura com o nariz todo entupido de tanto chorar, sem conseguir dormi em plena madrugada. Senti vontade de acordar mamãe para quem sabe ela poder aliviar aquela dor,  com a mesma massagem de quase 20 anos atrás. Porque o meu pé, o mesmo pé que doeu de forma tão desesperadora quando o Diego da vila foi embora. Nessa noite  não me deixou dormi e como em um dèjá vu,  pelo mesmo motivo, por uma mulher ter partido o meu coração novamente.