terça-feira, 21 de abril de 2015

Uma nova primavera

Todo amor morre, como é bom poder dizer, em alto e bom som, QUE TODO AMOR MORRE!!! Quantas vezes ouvi dos meu amigos, que ama-lo era ridículo. Mas ainda assim me prendi aquele sentimento, porque aquele amor era tão  bonito, tão impulsivo, tão juvenil. E me fazia tão bem, não me sufocava, não me prendia, e ele não precisava estar  perto de mim para estar junto. Eu era feliz. Se vc me perguntar como? provavelmente, eu não saberei explicar, mas quem disse que amor precisa de explicação, justificativas ou razões para existir? Eu sentia e pronto!
Durante sete anos, me prendi a migalhas, pequenos afetos. Cheguei a acreditar que jamais deixaria de ama-lo. Quantas e quantas vezes sonhei com ele ao meu lado, morando em um barco em Amsterdam, felizes para sempre como em um conto de fadas. Tudo isso seria lindo se não fosse pelo fato dele ser gay. Eu o amei mesmo sabendo disso, mesmo ele tendo ficado com amigos meus, mesmo ele nunca tendo me amado, eu o amei. E sofri na mesma proporção que o amava. Sofria porque eu o queria. Eu me sentia como o menino pobre olhando na vitrine, e ele o brinquedo caro, que jamais poderia ter. Não foi fácil esquece-lo, nunca é. Eu fiz terapia, precisei de amigos e muitas garrafas de vodca, para enfim me convencer que continuar a ama-lo, seria esquecer de mim. No inicio de março eu o reencontrei depois de quase 3 anos sem o ver. Era uma tarde de domingo, estávamos no veropa tomando umas cerveja quando ele apareceu, meus amigos, me olharam esperando uma reação, reação essa q não veio. Então naquele fim de tarde de  inverno, me dei conta q a primavera estava voltando para a minha vida. Eu evitara tanto aquele encontro e no final, ele só serviu para me mostrar que eu amava, o Pedroca, e não aquele Pedro que estava alí sentado na minha frente com um copo de cerveja na mão. Não definitivamente aquele não era o homem, no qual nos meus devaneios de adolescente, planejei ter dois filhos, não aquele não era o homem pelo qual eu chorava e fazia longas cartas, não, não, não aquele não era o homem que eu amava, a voz parecia a mesma, mas o sorriso e o olhar doce não eram os mesmo. Alguma coisa ao longo desses quase três anos que eu não o via, haviam mudado. E só agora, quando destino havia nos colocado novamente frente a frente, e que eu percebi, que não restara nada! absolutamente NADA. 

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