segunda-feira, 25 de abril de 2011

Querido Diário,

nesse momento, eu queria que não só você soubesse disso, mas todo o mundo, em diversos lugares, em diversas línguas. Depois de um final de semana de pequena leitura, vendo seriados iniciar e acabarem e alguns filmes, deu vontade de ser poeta. Mas não sei ser poeta! Você sabe como se faz? Uns dizem que as pessoas nascem assim, outras dizem que há técnica e um tal estilo. Outros afirmam que ser poeta é escrever o que sente. Estranho, porque não sei o que sinto. Nem sei se sinto ou senti. Mas voltando ao meu dia, Querido Diário, digo-te que tenho buscado grandes respostas para pequenas perguntas. Tenho tentado me encontrar em alguns lugares aqui em casa e todos os lugares. Até agora as tentativas foram em vão, sabe por que? Não sei em que canto enfiei minha casa. Nessa jornada por mim mesmo, estive em um casebre de madeira, com paredes pintadas em verde e detalhes das janelas em amarelo, em que adentrei em um quarto pequeno com uma cama pequena e fina, um armário com um espelho na porta e uma mesa de madeira nobre, forjada com as mãos e o formão pelo bisa. Uma gaveta central com uma pedra de ametista, molho de chaves sem utilidades e um caderno de histórias e fantasias de um menino.
Tremenda confusão, pois poderia passar a vida fugindo e fingindo de estar buscando. Tentando encontrar o quê? Já encontrou! Mas alguns sentimentos são medrosos, são envergonhados, vergonhosos, são frágeis. Ah, Querido Diário, precisamos de doses do desconhecido para conhecer o que vivemos. Precisamos viajar para ter a saudade, provar a nós mesmos que somos menores que a coragem, do tamanho do medo e por fim... a vontade de ser um poeta fingidor, um escritor dissimulado, um amante impecável e um devoto da felicidade. Por hoje é só e não conte a ninguém!

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